João Victor recebe do engenheiro mecatrônico, Thiago Jucá, a primeira prótese do tipo feita na região amazônica.
Atividades aparentemente simples como escrever o próprio nome ou
escovar os cabelos podem exigir um esforço extremo a quem a vida
resolveu surpreender. Mas, a mesma que aplica alguns percalços também
apresenta pessoas dispostas a pensarem além de si.
Foi assim que a vida do João Victor, de 7 anos, morador do município de Nova Mamoré/RO, ganhou uma 'mãozinha'
graças a sensibilidade de Wania Evangelista, Irmã Lina e Rose Ceolin,
que trabalham no Hospital Santa Marcelina, em Porto Velho.
Vendo os desafios diários do pequeno João, que usa próteses nas pernas e
não tem uma das mãos, Wania conta que resolveu criar um projeto que
pudesse ajudar pessoas que sofreram a perda de algum membro a
recuperarem os movimentos – com a ajuda da tecnologia, no caso.
"Eu via o João todos os dias e entendi que precisava fazer algo. Eu
entrava na internet e procurava pessoas que trabalhassem com próteses
feitas em impressoras 3D. Foi quando alguém me apresentou um vídeo do
Thiago (engenheiro mecatrônico) entregando uma prótese a uma criança.
Liguei para ele e disse que tinha um projeto em Rondônia. E ele topou",
lembra Wania.
João Victor recebe a prótese de uma das irmãs do Hospital Santa Marcelina, em Porto Velho.
No entanto, a ideia tinha um alto custo. A funcionária lembra que o
orçamento à implantação do projeto no hospital exigiria um investimento
de R$ 60 mil. O valor foi levantado graças a doações de uma empresa
privada locada na cidade. E o paciente escolhido para inaugurar o
projeto foi João.
Fonte: G1