Os indígenas estiveram reunidos em Guajará-Mirim, na Praça Mário Correia
A pressão feita pelos indígenas nos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre o julgamento do processo do Marco Temporal, ao que
parece, surtiu efeito. A corte maior anunciou que ficou para agosto a
continuação do que é considerado o ‘julgamento do século’. O anúncio foi feito
pelo presidente do STF, Luiz Fux, nesta quarta-feira (30) após mobilização
nacional pró-índio.Durante o dia, indígenas de várias etnias do país protestaram e pediram que a corte julgasse pela continuação da demarcação de terra em vez da tese do marco temporal. Em 2019, o STF deu status de repercussão geral ao processo. Ou seja, a decisão que for tomada pelos ministros será aplicada em todas as disputas semelhantes envolvendo demarcações.
Índios de Rondônia principalmente em Porto Velho e
Guajará-Mirim, se juntaram ao movimento nacional. Na capital, o protesto reuniu
pouco mais de 20 pessoas. No interior, não houve grandes aglomerações.
Para as lideranças a decisão a ser tomada pelo STF é uma “oportunidade única de combater o processo violento de colonização, que continua em curso, atualizando a nossa civilização como plural e democrática e de reafirmar o nosso papel fundamental de legítimos protetores da nossa biodiversidade e da vida”. “Continuaremos atentas a essa pauta tão importante dos povos indígenas no país”, diz uma das lideranças indígenas da etnia Puruborá.
Fonte: Wanglézio Braga