Coluna Almanaque: ESTADO DE ANARQUIA

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

Numa época em que as mazelas sociais e a ignorância humana estavam em alta, nada mais parecia comover o poeta. A liberdade era capricho de poucos. Perspectivas por melhores luzes não passavam de ilusões. Tudo estava fora de controle. Tudo prestes a adentrar o submundo chamado tragédia que acaba findando no inferno.
Os discursos dos farsantes prometiam mais democracia, mas o que se percebia eram apenas palavras de ódio. Protestos ecoavam a cada discurso do fascista. Fanáticos achavam mensagens em código até nos silêncios e gestos do patife. Os milicos estavam perdendo a paciência. Estava faltando muito pouco para que atos selvagens de barbárie ocorressem sob os olhares cúmplices ou omissos das forças policiais. Existia uma guerrilha gritante nas caras e imagens de revolta contrárias à democracia.
Para o poeta, a indignação contra este estado de coisas estava causando o mesmo efeito da ressaca após uma noite mal bebida na companhia de pseudos-intelectuais. Não existe crise que resista a vontade de sair da mesa antes da saideira quando se está sabendo que não tá valendo a pena discutir com quem nunca tivesse valido a pena.
Mas também havia esperança na ressaca. Esperança de qualquer dia ainda haveria de reencontrar sua eterna amada e sua única verdade na vida. E esperança de que todos aqueles que pregavam contra a democracia morreriam nas masmorras do inferno que eles mesmos estavam criando. Notícias melhores que estas, apenas a do cidadão responsável por toda esta algazarra, achado morto em sua privada na Flórida fazendo aquilo que sempre soubera fazer com maestria: merda!
Era um cara sem qualquer frescura imposta pelas convenções sociais. Era arrogante com os arrogantes e humilde com os humildes. Não tinha para carregar consigo o pecado da propriedade uma vez que não possuía porra nenhuma na vida. Como Proudhon, achava que toda propriedade era um roubo. Deus quando inventou o mundo para todos os que o habitam, não contratou o Incra para repartir os hectares entre os bacanas e escrotos e os fudidos e mal pagos.
Gostava de viajar. De vez em quando pegava uma carona com seu amigo Sérgio Bueno quando este decidia ir para Cais Antigo. Em Cais Antigo tomava cerveja na conveniência de um posto de gasolina entre as Avenidas Kennedy e Paulo Lealdade, bem defronte ao Mercantil Gonzalez Hermanos. Achava que a maioria das pessoas também gostaria de viajar, mas não viajam porque a única viagem que fazem é a de casa para o emprego. Isto quando possuem um emprego. Porque se tiverem um emprego só trabalham para pagarem as contas de casa.
As misérias do cotidiano agora não mais o obrigavam a degustar do amargo hábito de colocar como defeito os desvios éticos de fulanos e beltranos. Sua filosofia de vida mudara. Conhecia a história, mas não queria mais fazer desta história um turbilhão de angústias.
Nos últimos tempos buscava apenas fazer o melhor possível em nome de sua conduta moral. Não havia mais porque se estressar por motivos caducos e com atrasos...
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

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