Por Fábio Masques
O
Simpósio sobre Transição de Governo Municipal que ocorreu na sede do
Tribunal de Contas do Estado, em Porto Velho, na última terça-feira, foi
de bastante proveito para todos os participes que puderam se informar a
respeito da situação limite pela qual estão passando a maioria das
prefeituras e também se inteirar acerca de métodos e medidas possíveis
de se trabalhar sistemas contábeis confiáveis a fim de evitar a degola
de prefeitos.
O evento objetivou orientar e dar os macetes
precisos para o complexo ofício que é administrar a coisa pública.
Dentre os assuntos pautados constaram Orçamento e Aplicação dos
Recursos, Receita e Despesa, Índice de Pessoal, Controle Interno,
Formação de Equipe de Trabalho, Critérios Técnicos e Critérios Pessoais,
Nepotismo, Subsídios dos Agentes Públicos, Processos de Licitação,
Empenho, Contratos e Pagamentos.
Já no início dos trabalhos, o
Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas, Edilson de Souza. Que
conduziu a palestra, patenteou que o alicerce de toda administração
encontra-se sob sustento do tríplice esteio: Secretarias de
Administração, Finanças e Planejamento. “Para a eficácia exitosa na
administração pública, é preciso escolher os melhores para atuarem tanto
nestes setores como nas secretarias adjuntas. Só assim podemos esperar
melhorias na Saúde, na Educação, na Infra-estrutura, nos ativos sociais e
na qualidade de vida da cidade e de seus cidadãos".
Mais
adiante, Edilson de Souza acentou que ao planejar a transmissão do
mandato, os prefeitos eleitos têm a obrigação de trabalhar com afinco a
escolha e nomeação dos cargos de comissão. “Além do espírito público, é
preciso governar também com responsabilidade. Às vezes, a euforia de
prefeitos eleitos acaba fazendo de prefeituras um corredor para
discussão de acordos de campanha ou ainda uma sala de espera para
negócios estranhos à causa pública”, ilustrou.
Neste encontro, o
Tribunal de Contas procurou orientar a todos os prefeitos que assumem a
partir de janeiro, para que buscassem ao máximo resguardar a economia
municipal dos efeitos da crise que hoje assola todo o país e cujos
reflexos também afetam as contas públicas. Correto. Vivemos um momento
de crise. E este momento requer cuidado, requer cautela. E cautela em
especial quando está se tratando da coisa pública. Hoje as prestações de
contas aos órgãos de controle preocupa. A situação é de arrocho nas
finanças. O número de contas não aprovadas de prefeituras assusta. O que
se lamenta é que algumas vezes estas prestações são reprovadas não pela
má-fé dos gestores, mas por absoluta falta de eficiência e controle da
equipe de governo, cujos equívocos incidem na ruína de prefeitos mal
assessorados.
O Simpósio sobre Transição de Governo Municipal
contou com a participação de juízes, deputados, prefeitos eleitos e
prefeitos em final de mandato de todo o Estado, vereadores, técnicos e
assessores. Com o objetivo de representar a Câmara de Guajará-Mirim, a
instituição enviou para o evento além deste escriba, os técnicos Douglas
Dagoberto e Mírian Mariobo.
O Tribunal de Contas é uma
instituição pública responsável pelo controle e fiscalização dos
recursos públicos cujos objetivos é combater e prevenir ilegalidades,
falhas, corrupção, descaso, desperdício e uso pessoal da máquina
pública.
Coluna Almanaque - ARROCHO NAS CONTAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
Por Fábio Masques
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novembro 10, 2016
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