Uma jovem de
21 anos, que segurava o filho de 6 meses no colo, foi assaltada por criminosos
em uma avenida de Guajará-Mirim (RO), a cerca de 330 quilômetros de Porto
Velho. Conforme Maiara Gil Chamarcos, o crime aconteceu na noite de terça-feira
(17). Durante a ação, os ladrões ameaçaram atirar no bebê, caso ela não entregasse
o celular.
"“Não
consigo dormir, quando fecho os olhos ainda me vejo na mira daquela arma junto
com meu filho", diz.
Conforme as
informações oficiais registradas pela Polícia Militar (PM), o crime aconteceu
por volta das 22h, na Avenida Castelo Branco, no Bairro Serraria. Dois
assaltantes em uma motocicleta renderam a jovem e apontaram uma arma de fogo
para a cabeça do bebê. Na ocasião eles ameaçaram atirar, caso a mãe não
entregasse a bolsa e o celular. Após o roubo, os bandidos fugiram do local com
o celular da vítima.
Assustada e
abalada, a mãe do bebê andou cinco quadras até chegar em casa e pediu ajuda de
familiares, que ligaram para a PM. Uma guarnição pegou informações na
residência da vítima e iniciou uma busca pelos suspeitos com apoio de outras
viaturas, mas nenhum dos assaltantes foi localizado. Depois das diligências, os
PM’s registraram os fatos na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil.
Caso é investigado pela Polícia Civil de Guajará.
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Em
entrevista nesta quarta-feira (18), ainda abalada, Maiara disse que não
conseguiu ver o rosto dos assaltantes, mas que não tem como esquecer a voz
deles. Ela relatou o assalto com detalhes e comentou que o sentimento de quase
ter perdido o único filho.
"Vi a
morte de perto. Estou triste, revoltada, com medo e assustada com tudo isso,
nunca tinha passado por isso na vida. Achei que eles iam me matar junto com meu
filho ali mesmo, minha vida inteira passou em segundos diante dos meus
olhos", relembra com lágrimas nos olhos.
A jovem
falou ainda que mesmo após ter entregado a bolsa e o celular, os bandidos
continuaram com a arma apontada para o bebê e a xingaram diversas vezes.
"Eu não
reagi em momento nenhum, dei o que eles queriam e eles continuaram com a
crueldade, é incrível ver até que ponto o ser humano chega sem se importar com
a vida dos outros. O aparelho custou cerca de R$ 700 e a gente compra outro,
mas a vida do meu bebê não tem preço, eu quase o perdi, não paro de pensar
nisso", desabafa.
O delegado
de Polícia Civil responsável pelo caso, Lawrence Lachi, afirmou que os suspeitos
do assalto ainda não foram identificados, mas que os agentes do Serviço de
Investigação e Captura (Sevic) estão trabalhando para conseguir identificar,
localizar e prender os dois assaltantes.
"Os
bandidos sequer foram identificados, mas os agentes colheram informações e
estão em diligências para resolver o caso", disse Lawrence.
Fonte: G1.