República, Eleições e Democracia

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O Mamoré
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Em 15 de novembro de 1889 nascemos como República, naquele momento isso não significou uma ruptura e mudanças significativa para a população brasileira, como em outros momentos da História de nosso País a população não participou do processo republicano. De qualquer forma a República trouxe em seu bojo a inserção do Brasil a nova ordem mundial, e também manteve através do pacto federativo de 1891 o equilíbrio entre os estados e a manutenção desse nosso vasto e imenso território, não podendo esquecer que o período monárquico também foi de grande valia para nossa unidade territorial.

Esse 15 de novembro é muito especial, devido a pandemia da Covid-19 as eleições municipais foram marcadas para esse domingo, quando em todo país mais de 5 mil municípios irão escolher seus Prefeitos e Vereadores pelos próximos 4 anos. Mesmo atravessando um momento difícil a população precisa, na medida do possível, comparecer às urnas e decidir o futuro de mais de 200 milhões de brasileiros.

Atravessamos um momento delicado em nossa jovem Democracia, ameaçada pela polarização política e no ataque as instituições que são os pilares de nosso modelo republicano e que asseguram o estado democrático de direito.  

Precisamos fortalecer e solidificar nossa relação com o sistema democrático, buscando justiça social e desenvolvimento sustentável, a separação e o equilíbrio entre os poderes e instituições governamentais eficientes e eficazes, que busquem a transparência e a responsabilidade pública dos sistemas eleitorais e a independência dos órgãos responsáveis pela condução e verificação de eleições livres e justas que são fundamentais para assegurar a solidificação de nossa Democracia.

É fundamental para o fortalecimento de nossa Democracia o combate a corrupção no processo eleitoral, essa prática criminosa e horrenda de burlar as regras do sistema eleitoral e corromper a população mais vulnerável. Clamamos as forças de segurança e a população esclarecida que fiquem atenta e não permitam que a lisura do processo democrático seja maculado pela ganância dos politiqueiros de plantão interessados apenas em seus projetos de poder e na usurpação dos recursos públicos. 

Voltando a transição do período monárquico para a República, precisamos ressaltar que mesmo não se traduzindo em justiça social e democracia ampla, nossa República precisa ser valorizada e festejada, pois é nela que vivemos e através dela que precisamos construir um País mais justo e melhor para todos nós.


Professores/Historiadores Alex Duarte e Patrícia Marchi

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