Coluna Almanaque: É PRECISO RESGATAR A CULTURA DE GUAJARÁ

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

Primeiro é preciso que se defina o que é cultura: segundo o dicionário Aurélio, cultura é o complexo de crenças e atitudes que se transmitem de geração para geração. Com amparo neste conceito podemos afirmar que a cultura de uma cidade é aquela que se faz observar pelas raízes e tradições que com o decorrer do tempo ganharam status e performances que se conservam até os dias que nos acompanham. O esforço coletivo da sociedade com o objetivo de aprimorar estes valores é que alavancam o progresso de distintas culturas.
Acontece que com a passagem do tempo a cultura original também vai perdendo espaço para as culturas impostas, seja pelas normativas do mercado, seja pelo atacadismo das imposições de posições que se afirmam como regulação de medidas e preceitos para a população. Isto acontece em Guajará-Mirim porque as pessoas nativas da cidade de repente passaram a adaptar as mais variadas formas de culturas advindas de lugares migrantes, que findaram por ofuscar a cultura “In natura” da cidade.
Ora, qualquer cidade que conserva seus caracteres como coisa típica e privativa avalia esta inversão de valores como uma invasão contrária aos costumes da cidade e se antepõe aqueles que na verdade só estão buscando apagar ao máximo a cultura nativa.
O que se percebe hoje em dia é que as pessoas com interesse nas questões culturais da cidade, não encontram qualquer tipo de auxílio. O negócio da cultura em Guajará-Mirim tem que implorar pela ajuda do comércio local para a obtenção de qualquer tipo de suporte, seja no que se refere à apoio de logística, seja pelo incentivo através de publicidade. Ao tempo em que isto ocorre, as empresas locais injetam dinheiro à torto e à direito em festanças de peões, forrozões sertanejos, músicas de rodeio e eventos que promovem pecuários ligados ao agrobusiness e que, ressalte-se, não tem nada a ver com a cultura de tradição da Cidade Pérola.
A acomodação apática do povo autóctone de Guajará-Mirim em relação à sua cultura também contribui para que o modelo “piseiro na roça” se propague. É por isto que a nossa cultura está indo para o vinagre. Pela falta de prestígio e estímulo da própria sociedade e pela falta de incentivos, recursos e chancelas por parte de governos e empresas é que a cultura de tradição da cidade está indo para as calendas memoriais.
Não vamos embromar. O que se pretende com este artigo é resgatar a escassa origem cultural da cidade hoje tão aviltada por eventos sem nenhuma expressão contextual de arte concreta ou abstrata que invadem nosso cotidiano sem nenhuma permissão e que vão aos poucos minando consciências e matando costumes e tradições plantadas nas origens da província. Também se cobiça com estas mal traçadas, reclamar às empresas e instituições para que invistam no negócio da cultura de nível superior como atração, lazer e entretenimento com geração de lucros comerciais e agitação na cidade.
Portanto não custa nada apostar na cultura da Cidade Pérola.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.
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