Coluna Almanaque: À MERCÊ DA VIOLÊNCIA

Por Fábio Marques
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 Por Fábio Marques

Guajará-Mirim está a cada dia mais violenta. Ocorrências que antes só tínhamos o desprazer de assistir na televisão em programas tipo “Cidade Alerta” começam a fazer parte da rotina do dia-a-dia da cidade. A banalização da violência tem causado medo, impotência, angústia e desespero na população. Parece até que a nossa vida é em vão, não vale nada, sem sentido. Hoje nem no refúgio de nossas casas estamos mais seguros.

Há muito tempo que Guajará-Mirim não se iguala às cidades situadas em toda a extensão da BR 364 no índice de qualidade de vida. Mas no índice de violência não perdemos de feio. Estamos pau-a-pau. E aqui e acolá ganhamos de goleada, o que não é motivo de orgulho para nenhum cidadão de bem que nesta cidade reside. Entre os fatores que contribuem para a alta incidência da violência estão o desemprego da população jovem, a falta de perspectivas ante o futuro, a falta de harmonia familiar e a falta de controle de meliantes bolivianos que estão cruzando a fronteira para cometer delitos. A falta de distribuição de recursos de maneira equânime e a falta de desenvolvimento com geração de renda e trabalho na cidade também contribuem para aumentar as estatísticas de roubos e assaltos seguidos de danos físicos e materiais contra pessoas de bem.

Mas o que mais se agrava é perceber que o Estado parece não ter respostas para o problema deixando a população ainda mais envolta num clima de suspense e pânico a cada vez que a imprensa dá magnitude para a proporção da violência e duplica esta situação de psicose nos cidadãos. Esta falta de segurança se origina no próprio Estado que não exerce presença perante o cidadão e não aplica de maneira efetiva normas de boa conduta a fim de garantir o bem estar social.

Qualquer livreto de sociologia explica que a corrupção moral aliada às notícias cada vez mais freqüentes de armações e sem-vergonhices de pessoas públicas que deveriam dar exemplo e os aplausos com que alguns cretinos prestigiam o mau caráter daqueles que enricam às custas de achaques e falcatruas, tudo isso influencia a massa de manobra a se meterem nos caminhos do crime e da violência. Não há diferença entre a violência que pratica o Estado e a violência que praticam os marginais. O Governo assassina seus cidadãos quando seus agentes públicos desviam recursos que acabam faltando para a saúde, para a educação, para as ações sociais e os serviços de setores diversos. Os marginais preferem agir a “grosso modo” e assassinam da maneira que mais lhes convém. Esta é a fatura cobrada pela onda de violência.

De nada irá adiantar ações policiais a torto e a direito se não houverem propostas de mudanças no “Status-quo”. Fingimos não entender que existem bandidos e “bandidos”. Aqueles que roubam, assaltam, assassinam e traficam drogas e aqueles que planejam mutretas em todos os poderes. Jamais iremos vencer a batalha contra os primeiros se a gente não começar a combater os outros.

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.





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