Projeto de extensão faz apresentação de sessão de cinema indígena no IFRO Campus Guajará-Mirim

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O Mamoré
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 Foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Guajará-Mirim, a Sessão de Cinema do Filme “A última floresta”. A atividade faz parte do Projeto de Extensão “Circuito de Cinema Indígena”, institucionalizado por meio do Edital 5/2022/GJM, a ser realizado todas as últimas quartas-feiras do mês, com sessão às 10h da manhã e às 16h30 da tarde, aberto a toda a comunidade escolar.

O debate após o filme foi conduzido por Jairo Maia, professor no Centro Universitário São Lucas e membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/IFRO/Guajará). De acordo com a Lei 1.1645/2008, o ensino de história e cultura indígena, africana e afro-brasileira se tornou obrigatório nas escolas de educação básica e no processo formativo de professores.

Com mais de 10 anos da previsão legal, o IFRO Campus Guajará-Mirim tem buscado realizar as ações também em atendimento à realidade local do público atendido, especialmente por meio das ações do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi). O Projeto Circuito de Cinema Indígena se integra como mais uma atividade realizada pela instituição no cumprimento da previsão legal.

A proposta proporciona oportunidade de reflexão, debate e agregação de diferentes pessoas da comunidade ao redor das temáticas indígenas e das relações étnico-raciais. Participaram a comunidade escolar do IFRO Campus Guajará-Mirim, no dia 29 de junho de 2022, em sessão do filme pela manhã e pela tarde, no próprio IFRO Guajará. O projeto é coordenado pelo Professor de Filosofia do Campus Guajará-Mirim e Coordenador do Neabi/Guajará, Augusto Rodrigues de Sousa.

O Circuito de Cinema Indígena tem como objetivo difundir obras cinematográficas indígenas a partir de seus potenciais de promoção da cultura, educação e reflexão acerca das culturas indígenas e relações étnico-raciais. Além de veicular filmes e documentários indígenas como expressão cinematográfica para a comunidade de Guajará-Mirim; refletir acerca das questões culturais expressas nos filmes e documentários assistidos coletivamente; e debater a questão das relações étnico-raciais presentes na realidade local e nacional a partir das temáticas abordadas nas obras cinematográficas produzidas.

Conforme o Professor Augusto, o município de Guajará-Mirim é um dos municípios com maior população indígena de Rondônia, de tal modo que a abordagem de temáticas voltadas para a valorização da cultura e para o debate acerca das relações étnico-raciais em espaços multiculturais são sempre enriquecedoras. Ao mesmo tempo, o município não possui espaços de cinema e boa parte do público do Instituto Federal não tem acesso às plataformas de streaming ou possuem maior acesso a filmes blockbusters do mercado cinematográfico global.


Para a estudante do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio, Angier Poliana, o filme proporcionou a oportunidade de mergulhar na cultura indígena do povo yanomami e tomar conhecimento acerca do papel fundamental do líder yanomami Davi Kopenawa na luta pelos direitos dos povos indígenas. O Professor de Administração do campus, Everton Luiz, apontou a importância do projeto para ajudar na formação integral dos participantes, especialmente pelo fato de explicitar o debate a partir de perspectivas silenciadas pelos discursos hegemônicos.

Extensão

O projeto Circuito de Cinema Indígena prevê a realização de seis sessões de cinema com obras cinematográficas produzidas por indígenas (uma por mês). No mês de julho o projeto apresentou o filme: “A última floresta” (2021), disponível na Netflix.

O filme “A última floresta” aborda a luta dos povos yanomami para manter suas tradições e cultura e na defesa do próprio território. Ressalta, de modo especial, o papel do xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança importante no processo de demarcação e defesa do território yanomami. Além da exibição do filme, os integrantes do projeto produziram um livreto com informações sobre o filme, o povo yanomami e o líder Davi Kopenawa.

O Professor de Psicologia do Centro Universitário São Lucas e integrante do Neabi/IFRO/Guajará, Jairo Maia, conduziu o debate acerca do filme e acentuou a importância da luta coletiva pela garantia dos direitos, ao mesmo tempo em que apontou como os povos tradicionais são os nossos mestres na resolução dos problemas gerados pelo projeto civilizatório colonizador ocidental, especialmente a destruição ambiental. Assistir ao filme “A Última Floresta”, para o professor Jairo, é aprender a olhar o mundo a partir de outros olhares.

Fonte: Assessoria








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